quinta-feira, 10 de novembro de 2011


    Os quilombos, que

Senzalas

Por Carolina de Sousa Campos Sento Sé
As senzalas eram alojamentos utilizados por senhores de engenho como abrigo para seus escravos. Construídas com barro, madeira, telha ou palha foram nomeadas por Joaquim Nabuco como “o grande pombal negro”. Elas existiram juntamente com a escravidão, ou seja, entre os séculos XVI e XIX. senzala2Além de abafadas (por possuírem poucas janelas cercadas com grades) também eram desconfortáveis pela grande quantidade de pessoas alojadas ali. No mais, não possuíam divisórias e os seus “habitantes” se viam obrigados a dormir no chão – quase sempre de terra batida, em alguns locais, com palha. Há registros de senzalas que possuíam tarimbas: tábuas de madeira posicionadas a mais ou menos três pés de distância do chão. Apesar da precariedade, os homens dormiam separados das mulheres e das crianças. Os escravos também ficavam acorrentados dentro das senzalas, para evitar fugas.
Pelourinho
Pelourinho
Na parte exterior da construção a senzala possuía, à sua frente, o pelourinho  – um tronco com corda utilizado para castigar os negros – e, aos fundos, sanitários primitivos feitos com barricadas de água cheias até a metade que eram esvaziados e limpos uma vez ao dia. Também há um fogão improvisado, utilizado pelos escravos para assar a própria comida – geralmente pesca e caça, ou sobras.
Abertas até as dez horas da noite para convívio, ao som de uma espécie de campainha as senzalas eram trancadas e somente reabertas no dia seguinte, uma hora antes do início das tarefas diárias.
Ainda há senzalas localizadas no Vale do Paraíba e nas cidades de Vassouras, Valença e Cantalago, e sua visitação é permitida – são pontos turísticos.
    na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares. Criado no final de 1590 a partir de um pequeno refúgio de escravos localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, Palmares se fortificou, chegando a reunir quase 30 mil pessoas. Transformou-se num estado autônomo, resistiu aos ataques holandeses, luso-brasileiros e bandeirantes paulistas, e foi totalmente destruído em 1716. Embora não existam mais quilombos por aqui, comunidades remanescentes se instalaram em vários estados do país. No total, 743 foram identificadas, mas só 29 foram tituladas oficialmente pelo governo. Localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Goiás e Amapá, estas comunidades detém os Direitos Culturais Históricos, assegurados pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal que tratam das questões relativas à preservação dos valores culturais da população negra. Além disso, suas terras são consideradas Território Cultural Nacional. Estima-se que 2 milhões de pessoas vivam nestas comunidades organizadas para garantir o direito à propriedade da terra. Segundo a Fundação Cultural Palmares, do governo federal, que confere às comunidades o direito ao título de posse da terra, os habitantes remanescentes dos quilombos preservam o meio ambiente e respeitam o local onde vivem. Mas sofrem constantes ameaças de expropriação e invasão das terras por inimigos que cobiçam as riquezas em recursos naturais, fertilidade do solo e qualidade da madeira.

Um comentário:

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